Hoje participei de uma mesa redonda numa escola com alunos do ensino médio sobre a escolha da profissão. E fiquei olhando pros rostos daquelas pessoas, pensando no que será que estava passando pela cabeça deles. Algumas coisas fiquei sabendo depois, no momento das perguntas.
"Como conciliar família e carreira?"
"É possível ser feliz trabalhando 60 horas por semana?"
"Você tinha certeza absoluta de que sabia o que queria quando estava prestando vestibular?"
Certeza absoluta. Taí uma coisa na qual a gente se apega muito quando tem 16 anos. Atualmente não tenho nem certeza da cor do meu esmalte - rosa antigo (??). Parece uma futilidade ridícula, mas as certezas absolutas que pensamos ter aos 16 anos são tão imprecisas quanto as duzentas variações de vermelho nos esmaltes de unha.
Felicidade. Ha, tem dias que parece uma piada de mal gosto, outros dias parece tão perto.... A gente é tão besta que não percebe a felicidade de cada coisinha mínima que deixamos passar. Mensurar a possibilidade de felicidade atrelando isso a uma profissão é uma imensa bobagem, na minha opinião. Tá certo que sou uma romântica incurável, mas eu realmente acho que ser feliz só depende de si mesmo - não de profissão, de marido, família, amigos, dinheiro.... Condicionar sua felicidade a alguma coisa que não depende exclusivamente de você é, no mínimo, muito perigoso. Hoje eu acredito que seria feliz em várias outras profissões e gostaria de fazer várias coisas que não faço. E olha que eu gosto do que faço, hein....
Conciliar família e carreira? Ah, isso merece um post inteiro....
2 comentários:
Muito bom, Mi. E quem foi que disse que so podemos ser uma coisa na vida? principalmente quando fazemos escolhas aos 16 anos....
Sabe, essa coisa da certeza absoluta é mesmo engraçada... como no final ela é muito relativa! Rs Mas eu acabei de checar a cor do meu esmalte: é pink vigarista!!!
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