domingo, janeiro 16, 2011

Vontade de escrever poesia como antigamente.
Naquele tempo em que eu tinha metade das horas que eu tenho agora.
Tantas já se passaram, tantas ainda por vir.
Naquele tempo eu nem conhecia Guimarães Rosa, mas sem saber queria fazer poesia em prosa.
Saudade de ler Primeiras Estórias. De novo.
Vivo num tempo em que tudo deve ser voltado para alguma coisa útil.
Será mesmo?
Talvez meu maior desejo seja poder ficar horas e horas olhando pela janela, pensando em tudo e em nada ao mesmo tempo. De novo e sempre. E ainda assim dar conta de tudo que é preciso fazer.
Triste é o quanto o conceito de tudo pode aumentar, sem limites, mais rápido que a tecnologia que hoje permite meu celular ter mais memória que meu primeiro computador.
E a minha memória, como fica? Cada vez mais eu preciso do meu drive externo para me dizer o que fazer, quando fazer.
Quando é que vão inventar o ampliador de tempo livre?

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