segunda-feira, junho 27, 2011

"Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo." (Caio Fernando Abreu)

É tanta, tanta bizarrice mundo afora que resistir, per se, já é uma grande vitória. Todos os dias somos bombardeados com injustiças, violências explícitas e secretas, corrupções de todos os tipos que, sim, pensar em desistir é quase um campo magnético para os nossos nervos de ferro. Tantas e tantas vezes somos praticamente impelidos a subjugarmos nossa essência - da espera pelo elevador, passando pelo farol amarelo na faixa de pedestres até o nosso trabalho; quando não nossos sentimentos. Sentir hoje em dia já é motivo de piada. Num mundo competitivo e voltado para resultados, parar para refletir sobre as velhas questões filosóficas da humanidade torna-se quase uma chacota e mais uma vez somos obrigados a esconder o "quem realmente somos". Num mundo em que, por um determinado objetivo, tudo é "aceitável", a pessoa que escolhe a linha reta talvez seja ridicularizada frente aos outros que preferem os muitos atalhos (de todos os tipos). Tomara que a gente não desista, por nada nem por ninguém. Mas haja - HAJA - força.

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