segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Antítese - o que me faz lembrar de outra figura de linguagem que não vem ao caso hoje (hoje, especialmente hoje, não).
Voltando.
Antítese - cirurgia. Na verdade não sabia que uma palavra sozinha poderia representar uma antítese. Mas no dia de hoje, para mim, esse substantivo concreto representa, sim, a abstração da antítese. Mais uma vez a sinusectomia é tema de post (e olha que escrevo tão pouco que isso até poderia ser um sinal, sei lá), um post que poderia ser radiante. Mas, literalmente, a adrenalina de uma outra sinusectomia, tornou meu dia cinzento como o temporal que está a cair lá fora. Nublado, olhar enevoado, rosto vermelho - impossível esconder. Poucas, pouquíssimas pessoas poderiam entender o que quero dizer. Post truncado. Truco! Quem estará certo, afinal? Quem pode acusar de ter feito, sem fazer nada? Quem tem coragem de defender ou acusar abertamente, olhando fixo nos olhos do réu?
Ninguém, na verdade. Não num ambiente como aquele, naquela fingida calma azul. Só se for azul de raiva (não seria roxo?).
Alguns passam, perguntam o que houve, talvez realmente se importem, talvez finjam se importar. Ou talvez tentem se importar sem realmente se importarem. Que diferença faria, agora?
Por que não fui embora antes, com o sol iluminando a calma azul, bem menos fingida calma aquela hora. Com uma empolgação antiga, bem mais antiga que esse blog. Empolgação de dar certo, de ser resolutiva, de colher frutos de uma dedicação regrada - quintas à noite, domingos de manhã (madrugada para domingos outros....). Empolgação de explorar, abrir, tirar, resolver, melhorar a vida de uma pessoa às custas do meu conhecimento, de um procedimento extremamente prazeroso de se fazer.... É um misto de alegria, compensação pelo sofrimento todo passado, esperança, saudade de ser reconhecida pelo que se faz.... Tantas emoções (quando eu estou aqui.... haha...).
E aí eu, supostamente ou não, faço uma merda - ou salvo uma vida? Nunca saberei. Nunca saberemos. Nunca poderei chorar pelo erro ou mostrar pra todo mundo que eu, sim!, estava certa. Ninguém pra me acusar ou defender. Processo arquivado, indefinidamente.

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